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A Fonte

O que há de errado comigo ? Eu não sei nada e continuo limpo.

A espuma do Professor Marcelo

Ontem, ao ouvir o Professor Marcelo na sua crónica dominical da TVI sobre a "questão" do Primeiro Ministro se atrapanhar com a leitura do discurso de posse, lembrei-me de uns posts do José Pacheco Pereira no Abrupto acerca da escola do Professor Marcelo e que achei oportuno traze-los à tona.
 
Uma das palavras preferidas do Professor Marcelo é "substância", por contraponto à "forma".
A "forma" é importante mas da "substância" é que importa cuidar.
Sendo assim, qual é a substância do Primeiro Ministro se atrapalhar com o discurso ?. 
Ficou mal, pareceu mal, foi até embaraçoso, (lembram-se dos 3% do Guterres?), mas foi mais do que isso?
Vai ser pior PM por causa desta "barraca" ?
 
O Professor Marcelo tem que ser ouvido com os olhos.
Eu ainda me lembro do "Cristo descer à Terra".
 
 
Posts de José Pacheco Pereira
 
20.5.03
AS ESCOLAS DO JORNALISMO POLÍTICO EM PORTUGAL 1
 
Esta nota precede outra que estou a preparar sobre as escolas do jornalismo político português . Mas para quem vê e ouve Marcelo Rebelo de Sousa na TVI é fácil perceber que a sua conversa é estruturada como se fosse um jornal semanário , como se fosse o Expresso quando ele o dirigia . Trata da semana anterior , tem editorial , mais neutro , mais distanciado , proclamativo ; tem artigos de opinião , do próprio e do próprio com pseudónimo , contendo cenários e calendários cenarizados ( o elemento essencial da "análise" política de Marcelo ) ; tem notícias tratadas ao modo jornalístico , superficial , e com títulos e entradas opinativas - aqui nas matérias que não lhe interessam , não domina mas que tem que falar dado que se trata de um "semanário" , como tudo o que disse respeito à guerra do Iraque - ; tem a secção "Gente" , crucial neste tipo de jornalismo para incluir informações pessoais importantes e perfídia , que não podem ter corpo na parte séria ; tem roteiro , com os espectáculos inevitáveis , e com listas de livros ; tem cartas dos leitores . Um pouco por todo o lado há "encomendas" dos amigos do director , como é igualmente habitual nos semanários . De facto não é preciso uma multidão de jornalistas para fazer um jornal - Marcelo faz um todas as semanas sozinho e , quando se percebe a lógica , mais transparente porque é na primeira pessoa .
 
 
 
29.5.03
NOTAS SOBRE AS ESCOLAS DO JORNALISMO POLÍTICO 2
 
A Escola do Expresso
1. O Expresso encontrou-se depois do 25 de Abril na invejável situação de ser o único órgão de comunicação social moderno que vinha de antes da revolução e que passou relativamente incólume o PREC. Tinha por isso a vantagem de poder influir poderosamente no modo como se formava o jornalismo da democracia O seu pequeno envolvimento no PREC favoreceu a ultrapassagem da influência daquela a que chamarei a escola do jornal O Jornal, cujos herdeiros actuais são a Visão e, no plano cultural, o Jornal de Letras. Este grupo de pessoas mais velhas representava o núcleo de jornalistas-literatos que vinha da oposição e que trabalhara na Vida Mundial, no Século, no Diário de Lisboa, onde havia núcleos de jornalistas mais à esquerda, próximos do PCP e do MÊS.
2. A escola do Expresso é dominada por Marcelo Rebelo de Sousa que é o patrono de quase todo o jornalismo político português até à aparição do Independente. Marcelo deixou a sua marca em gerações de jornalistas e ainda hoje a sua "escola" é largamente dominante no comentário , e na formulação do noticiário político. Não existindo precedente para um jornalismo político democrático, porque a censura tornava-o impossível antes do 25 de Abril, Marcelo foi o primeiro a ocupar esse espaço e a criar um cânone para esse tipo de jornalismo.
3. A escola do jornalismo político de Marcelo, – que ele ilustrou na prática durante o tempo que dirigiu o Expresso, que influiu parcialmente no Semanário (onde Cunha Rego na última década da sua vida resistiu de algum modo a favor de um jornalismo mais substantivo), e ganhou uma dimensão audiovisual na TSF e mais tarde na TVI, sempre com suporte escrito na transcrição dos jornais –, consistia num tratamento ficcional da actividade política a partir de um autor-interpretador-classificador que é senhor da realidade e a molda. Os "cenários" e o seu corolário – o "facto político" como invenção ficcional – estão na base deste tipo de jornalismo político.
4. Os agentes políticos são apresentados como centrados na sua ambição e na sua carreira e julgados pela performance que mostram na gestão dessa carreira. Essa gestão é essencialmente entendida como gestão mediática, e gestão dos calendários, numa permanente procura da oportunidade ideal, e dá pouca atenção à substância política e ideológica da acção. Este tipo de julgamento da acção política pelo seu efeito mediático valoriza o papel do classificador-julgador, ele próprio. Daí que Marcelo tenha introduzido em Portugal vários mecanismos classificatórios – o "sobe e desce", as notas, etc. – de grande efeito comunicacional porque muito simples de entender e correspondendo a uma percepção judicativa por parte das audiências ou dos leitores de uma hierarquia da performance política. Esse tipo de obsessão classificativa foi transposta para determinado tipo de consultas de opinião como as que faz o Diário de Notícias .
5. O poder de classificar é um meio eficaz de deter influência política, bastante mais eficaz do que a qualidade das análises que suportam a classificação. As “maldades” que Marcelo é suposto fazer nos seus comentários derivam da impossibilidade de separar, neste tipo de jornalismo, o classificador do classificado, porque ambos se defrontam numa hierarquia ideal, com armas totalmente desiguais.
6. A análise por “cenários” é tão precária e frágil que raras vezes suporta uma verificação retrospectiva. Como este tipo de verificações não existem numa comunicação social com memória de quinze dias, o carácter ficcional, os processos de intenção, os inuendos passam despercebidos, ficando apenas o brilho verbal e imaginativo do discurso, o seu efeito espectacular. Este tipo de “cenarização” é particularmente frágil para defrontar fenómenos de conteúdo carismático – o efeito Cavaco ou Soares – que ultrapassam a dimensão gestionária e de oportunidade mediática das carreiras políticas que está na base da análise de Marcelo.
7. Quase todos os jornalistas de segunda linha que cobrem a actividade política são epígonos desta escola. Ela fornece-lhes um quadro interpretativo simples e um vocabulário judicativo que lhes transmite igualmente uma sensação de poder.Ela também é muito influente nos políticos de segunda linha que não sabem falar de política de outro modo . Não tem é a habilidade do mestre , nem a aparente distanciação do jornalista .
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