O descanso
Depois de 34 viagens, 67 festas, 52 reuniões e 7 conferências.
Depois de 4 entrevistas à televisão, 12 aos jornais, 6 à rádio e 4 debates.
Depois de 100 almoços, 100 jantares e 40 almoços ajantarados onde se incluem 133 febras grelhadas, 56 frangos assados e 86 sandes mistas.
Depois de 236 cafés, 476 sumos de laranja e 32 litros de águas com gás.
Depois de 54 pastilhas de Kompensan, 23 comprimidos de Nimed e 37 gotinhas de Cholagutt.
Depois de beijar 365 criancinhas, 256 velhinhos, 96 peixeiras e 58 vendedoras de fruta.
Depois de apertar a mão a 821 homens e 767 senhoras, abraçar 245 entusiastas e levar um estalo de 1 veterano.
Depois de fazer 2.458 vezes o sinal de OK, 5.699 o sinal de adeus e por 1.685 vezes juntar as duas mãos no ar.
Depois de mandar um SOS.
Depois de quase deslocar o maxilar.
Depois de dizer “Olá, Como está ?” 12.659 vezes, fazer 34.856 mini-conversas de treta e ouvir 63.845 desgraças.
Depois de ter que ir pedir dinheiro ao banco, aos interesses ocultos, aos capitalistas e ao partido.
Depois de ter que aturar 89 desportistas, 165 sindicalistas, 46 empresários, 236 operários, 1.875 pessoas da cultura e o Alberto João.
Depois disto tudo, qualquer pessoa precisa, e merece, um dia de descanso. O absurdo é o nome que lhe dão. Deveria chamar-se Dia de Descanso do Candidato. Seria a verdade e todas as pessoas compreenderiam.
Mas depois da campanha, “instruir” os eleitores a sentarem-se e a pensarem em quem vão votar é de um paternalismo patético que só não é insuportável porque verdadeiramente ninguém se importa. Hoje até deu futebol na televisão e tudo …
(Publicado n’O Eleito)
Depois de 4 entrevistas à televisão, 12 aos jornais, 6 à rádio e 4 debates.
Depois de 100 almoços, 100 jantares e 40 almoços ajantarados onde se incluem 133 febras grelhadas, 56 frangos assados e 86 sandes mistas.
Depois de 236 cafés, 476 sumos de laranja e 32 litros de águas com gás.
Depois de 54 pastilhas de Kompensan, 23 comprimidos de Nimed e 37 gotinhas de Cholagutt.
Depois de beijar 365 criancinhas, 256 velhinhos, 96 peixeiras e 58 vendedoras de fruta.
Depois de apertar a mão a 821 homens e 767 senhoras, abraçar 245 entusiastas e levar um estalo de 1 veterano.
Depois de fazer 2.458 vezes o sinal de OK, 5.699 o sinal de adeus e por 1.685 vezes juntar as duas mãos no ar.
Depois de mandar um SOS.
Depois de quase deslocar o maxilar.
Depois de dizer “Olá, Como está ?” 12.659 vezes, fazer 34.856 mini-conversas de treta e ouvir 63.845 desgraças.
Depois de ter que ir pedir dinheiro ao banco, aos interesses ocultos, aos capitalistas e ao partido.
Depois de ter que aturar 89 desportistas, 165 sindicalistas, 46 empresários, 236 operários, 1.875 pessoas da cultura e o Alberto João.
Depois disto tudo, qualquer pessoa precisa, e merece, um dia de descanso. O absurdo é o nome que lhe dão. Deveria chamar-se Dia de Descanso do Candidato. Seria a verdade e todas as pessoas compreenderiam.
Mas depois da campanha, “instruir” os eleitores a sentarem-se e a pensarem em quem vão votar é de um paternalismo patético que só não é insuportável porque verdadeiramente ninguém se importa. Hoje até deu futebol na televisão e tudo …
(Publicado n’O Eleito)
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12:01 AM
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