Os Telemóveis e a Saudade
José Pacheco Pereira, na sua crónica no Público de Quinta-Feira, fala sobre o telemóvel como uma "peça singular de tecnologia que mais transformou a vida social dos portugueses nos últimos dez anos".
Concordo com a sua análise na medida em que os telemóveis transformaram a vida de todos os portugueses, enquanto que os computadores estão a criar novos hábitos e costumes nas pessoas com menos de 40 anos.
Para não falar dos adolescentes. Os computadores é que se adaptam a eles e não o contrário. Aqui mais uma vez JPP têm razão quando diz "São os mais novos, adolescentes em particular, a ponta-de-lança destas mudanças"
Mas o aspecto que quero falar no que toca aos telemóveis é a Saudade. O facto de estarmos sempre contactáveis faz com que a sensação de falta de alguém seja diminuída.
Concordo com a sua análise na medida em que os telemóveis transformaram a vida de todos os portugueses, enquanto que os computadores estão a criar novos hábitos e costumes nas pessoas com menos de 40 anos.
Para não falar dos adolescentes. Os computadores é que se adaptam a eles e não o contrário. Aqui mais uma vez JPP têm razão quando diz "São os mais novos, adolescentes em particular, a ponta-de-lança destas mudanças"
Mas o aspecto que quero falar no que toca aos telemóveis é a Saudade. O facto de estarmos sempre contactáveis faz com que a sensação de falta de alguém seja diminuída.
Antes, quando estavamos de férias só falávamos com a família e amigos a uma determinada hora e passávamos o resto do dia de facto longe dessas pessoas. Agora a qualquer momento podemos falar com elas, e até vê-las. E mesmo não o fazendo, a sensação de que o podemos fazer, torna a distância no tempo e lugar num simples até já. E não se tem saudades de alguém com quem falámos e vimos há 5 minutos e que podemos ver e ouvir daqui a 5 minutos, se quisermos.
A Saudade será só física. E não querendo minimizar a componente física nas nossas relações afectivas e amorosas, não é porque não podemos tocar, abraçar e beijar numa pessoa que choramos e sofremos de saudade, ou é ?