Pendentes
Estava no outro dia sentado no barbeiro a cortar o cabelo, quando de repente a observá-lo pelo espelho reparei nesta coisa muito simples. O trabalho de um barbeiro não tem pendentes. Não há. É sentar, cortar, pagar e volte sempre. Não há um “amanhã falamos” ou um “depois vemos isso”. No dia a seguir ninguém reclama do serviço prestado porque não há pós-venda. Porque também não é preciso, o próprio serviço é terminado, acabado e escovado no momento. Qualquer reclamação é resolvida na hora. “Está muito grande ?” – “Está” – (barulho de tesoura a cortar) - Problema resolvido. “Ficou muito curto ?” – “Ficou” – Problema resolvido na mesma. O cliente pode não gostar, mas o problema fica resolvido.
Não há facturas, recibos, extractos, conciliações e mapas recapitulativos para depois. Não há processos para conferir ou controlar. Não há estatísticas a fazer. Não há visitas comerciais porque o cabelo, já o sabemos, volta sempre a crescer. A única coisa que ele tem que fazer é um bom trabalho.
Também não há inquéritos para o Sistema de Qualidade. A qualidade é o cliente voltar. E volta sempre. A não ser, e aqui será talvez a única reclamaçãozita que poderá haver, que o barbeiro corte um bocado de orelha. Eventualmente naqueles clientes mais recentes e mais exigentes poderá surgir um perfeccionismo burguês desse tipo. Mas lá está. Algodão, betadine e toca a sacudir a almofada para o próximo.
A bem da verdade, devo no entanto informar que no meu barbeiro ainda não houve nenhum caso desses, pelo menos que eu saiba, porque obviamente não consta da news letter que não existe.
Não há facturas, recibos, extractos, conciliações e mapas recapitulativos para depois. Não há processos para conferir ou controlar. Não há estatísticas a fazer. Não há visitas comerciais porque o cabelo, já o sabemos, volta sempre a crescer. A única coisa que ele tem que fazer é um bom trabalho.
Também não há inquéritos para o Sistema de Qualidade. A qualidade é o cliente voltar. E volta sempre. A não ser, e aqui será talvez a única reclamaçãozita que poderá haver, que o barbeiro corte um bocado de orelha. Eventualmente naqueles clientes mais recentes e mais exigentes poderá surgir um perfeccionismo burguês desse tipo. Mas lá está. Algodão, betadine e toca a sacudir a almofada para o próximo.
A bem da verdade, devo no entanto informar que no meu barbeiro ainda não houve nenhum caso desses, pelo menos que eu saiba, porque obviamente não consta da news letter que não existe.