O Adro
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Igreja Matriz de Torre de Moncorvo
Houve uma altura da minha vida, e de todos daquele tempo e lugar, em que o adro da Igreja era o local de todos os encontros e desencontros.
Na parte de trás, em que ninguém ou quase ninguém passava, iamos fumar às escondidas, ou namorar (que naquele tempo significava dar uns beijinhos), ou então brincar ao cintinho (jogo que à luz dos dias de hoje seria impensável).
Aquele adro escuro e escondido dava para tudo. E houve uma altura que para nós o tudo não era muito.