A procissão ainda vai no adro
A Bloguítica, muito inocentemente, pergunta se "em Portugal, vigora o sufrágio indirecto?", porque "agora a AIP, CAP, CIP, CGTP, Compromisso Portugal, UGT, entre outras, estão empenhadas em dizer a José Sócrates aquilo que ELAS pensam que ele deve fazer.".
Como o Paulo Gorgão aparentemente não percebe o que se está a passar, eu dou uma ajuda.
O José Sócrates durante a campanha limitou-se a fazer de morto, ou para citar o Miguel Sousa Tavares, a fazer de agente funerário. Limitou-se a dar sinais, proclamar objectivos e a vender confiança.
Obviamente que isto traduziu um imagem de indecisão, de não saber o que ia fazer. Mostrou alguém que não tinha ideias fortes, convicções que fossem para além da retórica de esquerda, como o “não peçam a um socialista para não se preocupar com o social”.
Deste modo, não é de admirar que todos aqueles que sentem que podem influenciar o governo, o começassem a fazer logo após as eleições, para de imediato marcar terreno.
Um exemplo : Eu hoje já ouvi na rádio o presidente da CGTP, Carvalho da Silva pedir a revogação do Código de Trabalho e o presidente da CIP, Francisco Van Zeller afirmar que não, que não é para mexer.
Tanto um como outro falaram com uma certa arrogância, como se fosse deles a decisão, mas que outra coisa seria de esperar ? Exemplos como este irão certamente seguir-se. Todos os Sindicatos, Associações, Federações, Confederações, Ordens, Câmaras, Clubes, Partidos, Confissões, Seitas, Igrejas, Movimentos, Ligas, Agrupamentos, Comunidades e Antigos Presidentes não deixarão de tentar moldar o curso da governação.
Talvez a única área onde não vai estar sujeito a palpites, será a da co-incineração. Aí terá apenas a contestação.
Se não ceder, será certamente apelidado pelo Paulo Gorgão de corajoso. Se voltar atrás será porque dialogou.
Lembram-se do diálogo, não lembram ?
Como o Paulo Gorgão aparentemente não percebe o que se está a passar, eu dou uma ajuda.
O José Sócrates durante a campanha limitou-se a fazer de morto, ou para citar o Miguel Sousa Tavares, a fazer de agente funerário. Limitou-se a dar sinais, proclamar objectivos e a vender confiança.
Obviamente que isto traduziu um imagem de indecisão, de não saber o que ia fazer. Mostrou alguém que não tinha ideias fortes, convicções que fossem para além da retórica de esquerda, como o “não peçam a um socialista para não se preocupar com o social”.
Deste modo, não é de admirar que todos aqueles que sentem que podem influenciar o governo, o começassem a fazer logo após as eleições, para de imediato marcar terreno.
Um exemplo : Eu hoje já ouvi na rádio o presidente da CGTP, Carvalho da Silva pedir a revogação do Código de Trabalho e o presidente da CIP, Francisco Van Zeller afirmar que não, que não é para mexer.
Tanto um como outro falaram com uma certa arrogância, como se fosse deles a decisão, mas que outra coisa seria de esperar ? Exemplos como este irão certamente seguir-se. Todos os Sindicatos, Associações, Federações, Confederações, Ordens, Câmaras, Clubes, Partidos, Confissões, Seitas, Igrejas, Movimentos, Ligas, Agrupamentos, Comunidades e Antigos Presidentes não deixarão de tentar moldar o curso da governação.
Talvez a única área onde não vai estar sujeito a palpites, será a da co-incineração. Aí terá apenas a contestação.
Se não ceder, será certamente apelidado pelo Paulo Gorgão de corajoso. Se voltar atrás será porque dialogou.
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