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A Fonte

O que há de errado comigo ? Eu não sei nada e continuo limpo.

Coming out of the closet

Nunca vi um episódio do Six Feet Under.
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3:04 AM

fez mal, durante a primeira temporada.
fez mal, até na segunda.
a partir daí... até fez bem.
a série afundou-se numa indulgência telenovelesca, aproveitando clichés e, pior, confundindo a patetice de cada uma das personagens por riqueza e complexidade interior. nada mais irritante e fácil.

lembro-me de 3 ou 4 exemplos recentes que deviam deixar envergonhados quem delira com o 6ft under.

being-jose-mourinho.blogspot.com    



3:45 AM

Nunca vi, mas vou ver. Tenho intenção de comprar os dvd's.
Sobre a perda de qualidade, por acaso, também já li o mesmo noutro blog.
Por outro lado, e também nos blogs, li autênticos delírios como lhe chama.
É normal e acontece a qualquer série degradar-se com o tempo tanto nos argumentos como nos desempenhos dos actores. A excepção será talvez o Seinfeld.:-)
Mas a Ally Mcbeal (a minha favorita), o Mad About You, o Cheers, Sex in the City, etc. para o fim já era quase penoso assistir.    



3:47 AM

A minha admiração é apenas o desgate rápido que aparentemente sofreu. Foram apenas 3 séries, não foram ? Talvez a história, que não conheço em profundidade, não desse para mais.    



8:51 PM

pois eu não vi as primeiras séries e adorei esta. mesmo muito boa... e não sei do que fala o pseudo-josé-mourinho (sem ofensa)...

o melhor programa de televisão desde Os Sopranos... foi você que perdeu Mário.    



8:53 PM

ó Mário, você não acha que uma série tem tanta mais qualidade quantos os episódios que tem, pois não? não foi desgaste rápido... simplesmente não se pode eternizar, não é dos "Neighbors" que estamos a falar...    



10:35 PM

Salvador,
"você não acha que uma série tem tanta mais qualidade quantos os episódios que tem"
Eu disse exactamente o contrário. Chega a uma altura em qualquer série que se desgasta, independentemente da sua qualidade. Mesmo nas melhores. Os Sopranos que ainda só vi até à quarta série (dvd’s) ainda não atingiu esse ponto. Mas também estão a fazer tudo para o evitar, com a introdução de personagens novas, o desaparecimento de outras, mudanças algo radicais na base de história (como a separação dos Sopranos), etc. O Cheeres não fez nada disto e arrastou-se a meu ver pelas duas últimas séries. A Aly McBeal, que já revi não sei quantas vezes, e que no início era genial, no fim era quase vulgar. Mas um fã não vê vulgaridade, vê degradação. O segredo, como em muita coisa na vida, está em saber a altura certa para sair. E se o número de séries fosse indicador da sua qualidade, o Cheers e o Frasier eram as melhores (11), em comparação com o Seinfeld por exemplo (9).

Por outro lado, é normal uma série deste tipo ter material para 4/5/6/7 (mais do que três seguramente) séries. Quando eu falo em desgaste rápido refiro-me precisamente a isso. Que por mais qualidade que a série tenha, o conceito da mesma esgota-se rapidamente.

Voltando ao SFU, tenho que de certa forma me retractar, pois fui procurar e fiquei a saber que teve 5 séries, tantas com a Ally. Não foi desgaste rápido (eu tinha a ideia que eram apenas 3) foi apenas o desgaste natural.
Se ela merecia passar além da terceira série, ou se a HBO soube sair no momento certo, obviamente que não sei. Registo a opinião das várias pessoas que leio e ouço e depois irei verificá-lo por mim.    



12:16 AM

tomara muitas serem como o six ft under. mas, de facto, apenas exigimos o melhor daquilo que gostamos muito. é por isso que acho que a série deixou ir o bebé com o a água do banho.
é estranho ver este entusiasmo quando tudo o que a série dá... já deu. apenas é, como disse, o desenrolar dos clichés das personagens, como se após 2-3 temporadas não tivesse mais para dar do que escarafunchar nos defeitos deles todos, como se os defeitos expostos fosse equivalente à sua humanidade. lembraram-se, às tantas, de um plot "whodunnit" - que foi... irritante, tal como a sua solução - e daqui não saiu.
esteve em autogestão e, salvo alguns momentos,... foi sempre um enredo arrastado e previsível. os sopranos, já que foi aqui abordado, é justamente a prova de como em cada temporada há uma clara ideia do caminho a tomar. em six ft under apenas se procurou buscar a tal "humanidade", fartando-me das hesitações gays do casal, dos desequilibrios de... todos, das paranóias do george, das descobertas da teenager, etc, etc... tudo bem, mas já tudo isto foi bem explicado na primeira temporada.
ally macbeal: eu também segui os primeiros episódios, mas facilmente aquilo ficou insuportável. graças à vonda shepard (arrepiei-me agora - juro!) e aos clichés estafados do elenco "piadinhas". nem consigo, agora, ver um episódio sequer.
é pena morrerem assim, mas... é a vida.

being-jose-mourinho.blogspot.com    



3:42 AM

A sucesso inicial da Ally McBeal assentava em seis coisas : três personagens (Ally, Cage e Fish), os insólitos casos de tribunal, os efeitos especiais, as músicas (não a Vonda, mas as músicas que tinham quase um papel próprio), alguma originalidade (ex: casas de banho unisexo, que eram um filão para situações de humor) e last but not least, os diálogos.
Estes cinco aspectos suportavam a série e ajudavam-nos a suportar alguns aspectos irritantes como o Billy e a sua mulherzinha Barbie (aqui é que eu me arrepio), o pai da Ally (foda-se) e a Ling mais para o fim.

A partir do momento em que o Cage desaparece progressivamente, o materialismo do Fish deixa de ter piada, os insólitos (verdadeiramente insólitos) casos de tribunal rareiam, os efeitos especiais perdem a força inicial desaparecendo também progressivamente, as músicas perdem alguma qualidade e a originalidade, que pela sua natureza, deixa de ser original, dizia eu, a série começou a perder fulgor. Os diálogos foram talvez a única coisa que se conseguiu aguentar mais tempo. Mas eu também nunca vi a série como uma comédia.

Tentaram abanar com a entrada do Axl Rose (quase um insulto à inteligência), do Robert Downey Jr. (aqui sim, uma boa escolha) e da pequena Hayden Panettiere a fazer de filha da Ally. A ideia da filha é muito rebuscada para tentar salvar a série mas como eu gosto da garota, fechei os olhos à enorme torcidela do argumento.

Para terminar, um pequeno aspecto que a meu ver demonstra o desgaste da série. O juiz Seymour Walsh (Albert Hall, o chefe do Apocalypse now) era dos melhores actores do grupo que fazia de juízes. E que encaixava que nem uma luva nos referidos casos insólitos. Pois bem, para o fim era quase só ele que presidia aos julgamentos. Como se se quisessem agarrar ao seguro e garantido e deixado de correr riscos, que foi talvez o grande trunfo da Ally McBeal.    



12:30 AM

eu sabia que tinha que haver um fã da ally macbeal. ;-) é uma óptima análise, sim. não acho que tenha sido em alguma vez uma série de topo, mas foi em muitas alturas confortavelmente bem disposta.
acrescentaria ao rol dos "cons" a mui enervante (e super plastificada e repuxada) dianne cannon.
e tenho que confessar que cada vez que recordo a série, apenas me lembro das coisas más. e sobretudo daquela puta cantora insuportável - em alturas, tive quase a certeza que a gaja tinha comprado a série para autopromoção descarada.

being-jose-mourinho.blogspot.com    



3:11 AM

Ou então o David Kelley andava a comê-la.:-)    



7:16 PM

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11:34 AM

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