Show no mercy
O Paulo da Rosa dos Ventos disse lá e baixo que :
... porque aqueles que vêm de fora e não conhecem ninguém ouvem dizer que "quem não vier á praxe é ignorado e rejeitado"(valente treta, mas pronto..) e pensam.."que se lixe eu vou..para o ano vingo-me!"
Concordo e diria mais. Este comportamento de “vingança” nos novos por aquilo que nos foi feito pelos velhos não é exclusivo das universidades. Também está (ou estava) bem patente na tropa. (eu sei que aqui quase ninguém sabe o que é, mas adiante…). Também no serviço militar obrigatório, depois da recruta (é uma fase), quando se passa a “pronto” (é um estádio), há um desejo secreto de vingança por todo o sofrimento e humilhação a que se é sujeito. No entanto é óbvio que há uma diferença. Na faculdade só é praxado quem quer, (o Paulo tem razão no mito da rejeição), e na tropa não há fuga às “praxes”.
Há ainda outra hipótese, e bem mais grave. Se pensarmos que a submissão voluntária às praxes é apenas um meio para atingir um objectivo final, que é ter o poder de humilhar. Desta forma, as praxes não passariam de um sacrifício. Uma espécie de tirocínio para dominatrix.
... porque aqueles que vêm de fora e não conhecem ninguém ouvem dizer que "quem não vier á praxe é ignorado e rejeitado"(valente treta, mas pronto..) e pensam.."que se lixe eu vou..para o ano vingo-me!"
Concordo e diria mais. Este comportamento de “vingança” nos novos por aquilo que nos foi feito pelos velhos não é exclusivo das universidades. Também está (ou estava) bem patente na tropa. (eu sei que aqui quase ninguém sabe o que é, mas adiante…). Também no serviço militar obrigatório, depois da recruta (é uma fase), quando se passa a “pronto” (é um estádio), há um desejo secreto de vingança por todo o sofrimento e humilhação a que se é sujeito. No entanto é óbvio que há uma diferença. Na faculdade só é praxado quem quer, (o Paulo tem razão no mito da rejeição), e na tropa não há fuga às “praxes”.Há ainda outra hipótese, e bem mais grave. Se pensarmos que a submissão voluntária às praxes é apenas um meio para atingir um objectivo final, que é ter o poder de humilhar. Desta forma, as praxes não passariam de um sacrifício. Uma espécie de tirocínio para dominatrix.
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