Jorge Sampaio sempre foi um político menor.
Concorreu a Primeiro Ministro e perdeu estrondosamente contra Cavaco em 1991 e em 1995 no fim do Cavaquismo chegou a Presidente porque quem votou nele, essencialmente estava a votar contra Cavaco.
No entanto, revelou-se como Presidente. Era um caso típico de o cargo fazer o homem. Sempre apreciei o sentido de estado que revelava. O bom senso, a estabilidade e serenidade que transmitia.
O caso mais difícil que teve resolveu-o da maneira mais correcta (pelo menos na minha opinião).
Mas agora ... Seria difícil fazer pior.
Anunciou uma dissolução sem a explicar.
"Esqueceu-se" de avisar o Presidente da Assembleia da Républica.
Quis que o Orçamento fosse aprovado para que os funcionários públicos fossem aumentados.
E demorou dez dias a explicar a decisão.
Mas porque demitir agora o PM ?
Segundo ele, por causa de acontecimento que “criou uma grave crise de credibilidade do Governo". Então e o Guterres ?
"A persistência e mesmo o agravamento desta situação inviabilizou as indispensáveis garantias de recuperação da normalidade e tornou claro que a instabilidade ameaçava continuar, com sério dano para as instituições e para o País, que não pode perder mais tempo nem adiar reformas." Então e o Guterres ?
"... o Orçamento para 2005 não responde satisfatoriamente às exigências de efectiva consolidação orçamental". Então e o Guterres ?
Estavámos mal, ficámos pior e o futuro ...