Superioridade
Sempre que leio um comentário de alguém a sugerir a outra pessoa que não fale do que não sabe, enfio sempre a carapuça.
Eu estimo que mais ou menos 80% do que escrevo é sobre assuntos que verdadeiramente não domino, mas depois olho para os lados e concluo que se assim fosse, não era só 80% do meu blog que desaparecia, era 80% da blogosfera.
Falar do que não se sabe, na blogosfera e em qualquer lado, não só é um direito como é um dever. Caso contrário, os economistas falavam só sobre economia, os carpinteiros sobre carpintaria, os médicos sobre medicina, os técnicos de aeroportos sobre aeroportos, o maradona falava sozinho e a Júlia Pinheiro sobre histerismo.
Alguém disse uma vez que todos somos ignorantes. Uns numas coisas, outros noutras. Puro bom senso de onde se conclui que de quando em vez todos temos razão. Por isso, este colete-de-forças não só tornaria a vida numa monotonia insuportável, como coarctaria uma das mais sublimes sensações que é dada sentir ao Homem. A superioridade.
Falemos então do que não sabemos. Aceitemos contrariados as possíveis reprimendas, na certeza porém que ao virar da esquina estará a nossa oportunidade para dizer alto e bom som : “Eu é que sei. Eu é que tenho os livros”.
Eu estimo que mais ou menos 80% do que escrevo é sobre assuntos que verdadeiramente não domino, mas depois olho para os lados e concluo que se assim fosse, não era só 80% do meu blog que desaparecia, era 80% da blogosfera.
Falar do que não se sabe, na blogosfera e em qualquer lado, não só é um direito como é um dever. Caso contrário, os economistas falavam só sobre economia, os carpinteiros sobre carpintaria, os médicos sobre medicina, os técnicos de aeroportos sobre aeroportos, o maradona falava sozinho e a Júlia Pinheiro sobre histerismo.
Alguém disse uma vez que todos somos ignorantes. Uns numas coisas, outros noutras. Puro bom senso de onde se conclui que de quando em vez todos temos razão. Por isso, este colete-de-forças não só tornaria a vida numa monotonia insuportável, como coarctaria uma das mais sublimes sensações que é dada sentir ao Homem. A superioridade.
Falemos então do que não sabemos. Aceitemos contrariados as possíveis reprimendas, na certeza porém que ao virar da esquina estará a nossa oportunidade para dizer alto e bom som : “Eu é que sei. Eu é que tenho os livros”.
Absolutamente consigo neste raciocinio. E incluo-me nos 80% dos que falam daquilo que não sabem.
Um abraço.
1:02 PM
Mas tu percebes alguma coisa de superioridade?
2:40 PM
Precisamente :-)
» Post a Comment