“House” e “Deadwood” reconciliaram-me com o mundo das séries televisivas, que a televisão portuguesa agora afasta cuidadosamente do horário nobre, onde não entra nada que não seja em português. Há mais mundo para além do infantilismo dos concursos, telenovelas e reality shows. Num canal perto de si. Pago, mas como não há almoços grátis, não me queixo. O almoço é bom, mesmo com gripe.
"Tenho uma família que é livre de aderir a tudo quanto quiser, eu como cidadã Maria do Carmo Borges também tenho esse direito. Acho que é uma simbologia como outra qualquer e realmente vai ser colocada uma fralda também na minha varanda".
É um bairro da câmara. Foi remodelado, reconstruido e expandido. Tudo com fundos públicos. Está quase pronto a habitar por quem nunca pagará mais do que uma pequena fracção do valor real da habitação. Ficou bonito, tem bom aspecto, está bem localizado. Numa parede recém pintada alguém escreveu em letras garrafais: «Semana laboral máxima de 30 horas».
O PCP está contra a OPA do BCP ao BPI. Aliás, está contra todas as OPAS, omercado, a bolsa, tudo. É um verdadeiro partido arqueológico. Já merecia um museu.
[...] Agora vai falar o senhor Doutor Agricultor, e está a dizer que não é agricultor por causa do subsídio que recebe, porque o subsídio é tão pequenino que é impossível viver daquilo! Mas que gente, é disto que o país precisa! E o jornalista pergunta: "e mesmo assim dá pa viver da agricultura?" E o Doutor Agricultor responde que sim. Aí está! Aí está! Aí está! Agora o jornalista vai acabar a peça e aparece-nos em grande plano. Ao fundo estão os Doutores Agricultores, um casal amoroso, de cócoras no chão a apanhar morangos com a roupa do Domingo. E diz o jornalista que aí está um casal que consegue provar que é possível viver da Agricultura SEM SUBSÍDIO! Ora aí está! Os meus ouvidos acham estranho novamente, mas é claro que o defeito é meu com certeza e fico a pensar como é belo ser Doutor Agricultor e como é bela a vida no campo, sem pesticidas, sem sujar a roupa, sem cavadores velhos e ranhosos e, é claro, sem subsídios!
O comic bit de abertura – Modern Man – é um paradigma da sua comédia. Um jogo de palavras brilhante onde o seu fascínio pela linguagem que todos utilizamos e abusamos está bem presente.
André Azevedo Alves no Insurgente
Para a Comissão de Trabalhadores da Portugal Telecom a OPA da Sonae sobre a PT é negativa porque pode conduzir ao aumento da concentração e também porque pode incentivar a entrada de novos operadores internacionais. Ou seja, a diminuição do número de operadores é negativa mas o aumento também. Parece que boa mesmo, só a situação actual. Porque será?
É nestas alturas que eu acho que nunca daria um bom gestor. Sempre que vejo comissões de trabalhadores a dar palpites públicos, cujo objectivo não é mais do que pressionar a condução da gestão da empresa em favor, não dos seus interesses pessoais, mas das políticas dos seus “donos”, dizia eu, sempre que deparo com estes palpitadores, a minha vontade é demiti-los a todos em bloco e em comunicado, só para chatear mais um bocadinho.
O Benfica e os benfiquistas já sabem que não vão passar a próxima eliminatória. Os festejos da vitória sobre o Liverpool, que muitos consideraram excessivos, indicaram isso mesmo. Para eles a época na Liga do Campeões está feita, e com sucesso. O que falta agora é apenas para cumprir calendário. Digamos assim : ganharam o direito de treinar com a equipa do Barcelona. Por duas vezes. E que já não é pouco, reconheça-se.
Mas se isto é verdade, então talvez não fosse má ideia para os referidos treinos dispensar o Petit e o Beto. Porque mostra-nos o passado recente que estes jogadores são um autêntico perigo, não para as balizas, mas para as pernas, coxas e córneas dos adversários. Corremos o risco por isso, de assistir impotentes e aterrorizados a que um deles lesione gravemente o Deco ou o Ronaldinho.
E se no primeiro caso perdemos nós e o mundo, no segundo perdemos nós, o mundo e a blogosfera portuguesa, porque se o Ronaldinho se lesiona então é que não estou a ver o maradona a deixar-se convencer a fazer a viagem. Nem que seja às custas dele.