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A Fonte

O que há de errado comigo ? Eu não sei nada e continuo limpo.

Não batam mais no ceguinho

Ao passear pela blogosfera chego à conclusão que devo ser o único que não viu o aperto de mão falhado de Carmona a Carrilho, apesar de ter visto uma grande parte do debate em diferido.
E talvez por isso não esteja disposto a avaliá-lo por esse gesto.

Concordo com os que dizem que aquilo não foi um debate mas um combate de má criação de parte a parte. Repito, de parte a parte. Como não vi o princípio, não sei quem derramou o first blood, mas uma pessoa também só cede à má educação se estiver ela própria para aí virada. Seja quem for que tivesse começado, no fim acabaram os dois na lama. Por isso, as defesas que tanto de um lado como de outro foram esgrimidas parecem-me mais dentro da zona do “olha para o que eu digo, não olhe para o que eu faço”.

Mas uma coisa foi o combate, outra coisa foi o gesto único de não cumprimentar o adversário. Qual de nós é que é capaz de estar mais de uma hora em acesa discussão com constantes insultos, acusações, interrupções e ataques baixos, e no fim como se não se tivesse passado nada virarmo-nos para o agora besta e dizer : “Tive muito gosto em vê-lo. Adeus e até à próxima.”

Se a seguir me vão dizer que ele como político devia ter poder de encaixe e saber distinguir o que é a diferença de ideias com o embate político eu respondo que o que se passou não foi uma coisa nem outra. De resto, eu não estou a dizer que ele fez bem, ou que merece ser louvado. Apenas digo que tenho alguma consideração por políticos que demonstram emoções. Sejam ela quais forem. Seja “safa”, “desapareça, sr.guarda” ou um simples virar de costas. E já agora, também não condeno o ordinário. É uma resposta tão legítima como a provocação, pelo que, ou bem que são os dois malcriados ou não. Seja como for, não batam mais no ceguinho.
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